Branding: o que é, para que serve e como fazer do jeito certo

O que você lembrar de uma marca mesmo quando não está pensando em comprar nada? Como uma marca consegue despertar confiança, desejo ou até identificação profunda com seu público? A resposta está em uma palavra...

Branding: o que é, para que serve e como fazer do jeito certo

O que você lembrar de uma marca mesmo quando não está pensando em comprar nada? Como uma marca consegue despertar confiança, desejo ou até identificação profunda com seu público? A resposta está em uma palavra simples, mas poderosa: branding.

Muito além de um logotipo bonito ou uma paleta de cores bem escolhida, branding é sobre construir significado, valor de marca e experiência duradoura — e isso não se faz da noite para o dia.

Neste artigo, você vai entender:

  • O que é branding (de verdade)
  • Para que serve e como impacta nos negócios
  • Como construir uma estratégia de branding sólida e eficaz
  • Cases de referência e erros comuns
  • Como medir o branding
  • Marcas brasileiras que são referência em branding

Se você quer se aprofundar neste tema e aprender, de uma vez por todas, a construir uma marca forte, relvante e duradoura, esse conteúdo é para você. 

O que é branding?

Branding é o processo estratégico de criar, posicionar e fortalecer uma marca. Envolve não apenas elementos visuais, mas também propósito, tom de voz, posicionamento no mercado, cultura interna e percepção do público.

Sim, branding é um grande compilado de coisas que dão vida, significado, propósito e, sobretudo, resultados à marca. 

As diferentes definições de branding 

O conceito de branding pode variar conforme o olhar de cada especialista — e isso só reforça a complexidade e profundidade desse tema.

Veja como grandes nomes do marketing e da construção de marca definem o branding:

“Marca é a percepção que as pessoas têm sobre você.”
Marty Neumeier, autor do best-seller The Brand Gap

Para Neumeier, branding é o esforço contínuo de moldar essa percepção. Não se trata apenas do que uma empresa diz, mas de como ela é percebida pelo público, o resultado de todas as interações com a marca.

“Branding é o sentimento instintivo do consumidor sobre um produto, serviço ou companhia.”
Marty Neumeier

Em outra definição complementar, o autor reforça que branding não é controlado inteiramente pela empresa, mas vivido e construído na mente e no coração das pessoas.

“Branding tem o poder de gerar desigualdade entre coisas que poderiam ser consideradas iguais.”
Arthur Bender, criador do conceito de Personal Branding no Brasil

Para Bender, o branding é uma ferramenta poderosa de diferenciação e percepção de valor. Em mercados saturados, ele é o fator que transforma escolhas racionais em preferências emocionais.

“Branding é composto pelo que a marca é, faz e fala.”
Ana Couto, especialista em branding e autora de A (r)evolução do branding

Ana Couto traz uma abordagem prática e estratégica: o branding deve ser vivido internamente, refletido nas ações e coerente com a comunicação. É uma gestão ativa, baseada em propósito e consistência, que torna as marcas verdadeiramente únicas.

“O branding é uma forma antiga de distinguir os produtos de um fabricante dos de outro.”
Philip Kotler, pai do marketing moderno

Kotler ressalta as origens do branding: uma estratégia de diferenciação. Ao longo do tempo, o conceito evoluiu, mas sua essência permanece: destacar-se, construir reconhecimento e gerar valor.

Basicamente, esse é um conceito multifacetado. Mas, todas essas visões reforçam que branding vai muito além do visual: é gestão de percepção, valor e significado.

Branding ≠ Identidade visual

Apesar dessa ser uma confusão comum, a identidade visual é apenas uma parte do branding. Ela representa visualmente o que a marca quer comunicar, mas o branding também envolve:

  • Estratégia e posicionamento;
  • Propósito, missão e valores;
  • Experiência do cliente;
  • Cultura organizacional;
  • Voz e tom da comunicação;
  • Percepção de valor e diferenciação no mercado.

Para que serve o branding?

Empresas com branding forte são lembradas, preferidas e recomendadas. Elas criam laços emocionais com seu público, constroem reputações sólidas e resistem melhor a crises

Além disso, uma marca bem posicionada facilita desde negociações comerciais até o engajamento interno da equipe.

Mais do que um esforço de marketing, o branding é uma alavanca estratégica para o crescimento da empresa. Ele influencia a forma como seu público percebe seu negócio, toma decisões e se relaciona com a sua marca ao longo do tempo.

Investir em branding serve para:

  • Diferenciar-se da concorrência. Em mercados onde os produtos são similares, o branding cria valor único e memorável.
  • Aumentar a percepção de valor. Marcas fortes justificam preços maiores, pois entregam significado, confiança e experiência.
  • Fidelizar clientes. Quando o consumidor se identifica com a marca, ele volta — e ainda recomenda.
  • Acelerar decisões de compra. A familiaridade e o reconhecimento encurtam o caminho até a conversão.
  • Atrair talentos. Profissionais desejam trabalhar com marcas nas quais acreditam e se orgulham de representar.
  • Gerar conexão emocional com o público. Marcas com propósito claro conquistam mais do que atenção, elas conquistam o coração dos consumidores.
  • Facilitar lançamentos e expansões. Uma base sólida de marca abre portas para novos produtos, categorias ou mercados.

 

Como fazer branding do jeito certo?

Construir uma marca forte é um trabalho contínuo, estratégico e profundamente conectado ao propósito e à essência do negócio. Afinal, não basta somente ser lembrado, é preciso ser relevante, confiável e desejado. 

O branding certo é aquele que constrói percepção, gera valor e sustenta a marca no longo prazo, mesmo diante de mudanças no mercado, do comportamento do consumidor ou do cenário competitivo.

Mas, para alcançar esse nível de maturidade, é preciso ir além da estética e trabalhar com consistência os valores e propósitos da marca. 

Veja a seguir os 5 pilares fundamentais para fazer branding do jeito certo:

1. Propósito claro e verdadeiro

Marcas com propósito se conectam mais rápido com seu público e resistem melhor ao tempo. Não basta dizer o que você vende, diga por que você existe.

2. Posicionamento estratégico

É onde sua marca se coloca na mente do consumidor e no mercado. Um bom posicionamento responde perguntas simples, mas essenciais:

  • O que oferecemos?
  • Para quem?
  • Qual o diferencial?
  • Por que alguém escolheria nossa marca?

3. Identidade verbal e visual coerente

Isso envolve todos os elementos visíveis de uma marca, como:

  • Nome
  • Tom de voz
  • Paleta de cores
  • Tipografia
  • Símbolos e ícones
  • Aplicações consistentes em todos os pontos de contato

E, mais importante de tudo: todos eles devem estar em harmonia.

4. Experiência de marca

Todo ponto de contato com a marca deve refletir os valores e o posicionamento. Isso inclui:

  • Site
  • Redes sociais
  • Atendimento
  • Loja, e-commerce ou outros pontos de venda
  • Produtos
  • Eventos
  • Pós-venda

5. Gestão e consistência

Branding não é algo que se cria e abandona. Requer gestão ativa, com diretrizes claras, atualizações e alinhamento entre áreas. Ou seja, é um trabalho que nunca termina, de fato.

 

Erros comuns em branding (e como evitar)

❌ Tratar branding apenas como design.
✅ Branding começa na estratégia e deve guiar o design, não o contrário.

❌ Querer agradar a todos.
✅ Posicionar-se exige foco. Marcas fortes sabem quem são e, consequentemente, quem não são.

❌ Falta de consistência na comunicação.
✅ A marca deve “soar” igual em todos os pontos de contato: redes sociais, site, atendimento, etc. — e isso também vale para o público interno.

❌ Mudar identidade visual sem propósito claro.
✅ Rebranding precisa ser feito com critério, estratégia e objetivos sólidos.

 

Como medir o branding? 

Medir o impacto do branding exige uma combinação de indicadores quantitativos e qualitativos. Afinal, marcas fortes não vivem só de alcance, mas de percepção, preferência e presença real na mente e na cultura das pessoas.

1. Brand Awareness (Consciência de marca)

Como medir: pesquisas de reconhecimento espontâneo e estimulado, volume de buscas no Google, menções nas redes sociais.

Isso importa porque: uma marca forte é lembrada mesmo fora do ponto de venda.

2. Brand Perception (Percepção de marca)

Como medir: análises qualitativas, NPS, monitoramento de sentimentos em redes sociais.

Isso importa porque: o branding é tanto o que você diz quanto o que as pessoas sentem quando interagem com a sua marca.

3. Brand Preference (Preferência de marca)

Como medir: pesquisas comparativas, taxa de recompra, share of search.

Isso importa porque: quando há escolha, a marca forte é a que prevalece sobre as outras.

4. Brand Equity (Valor de marca)

Como medir: avaliação de ativos intangíveis, fidelidade, margem de lucro, disposição do consumidor a pagar mais.

Isso importa porque: branding bem feito constrói valor e protege margens.

5. Engajamento qualitativo e presença cultural

Como medir: profundidade dos comentários, associação com causas e movimentos, fit com influenciadores e criadores.

Isso importa porque: marcas com presença cultural são desejadas, não apenas consumidas.

Desta forma, branding não é sobre curtidas ou viralizar por um momento. É sobre construir uma marca que ocupa espaço real na mente, no mercado e na cultura. E isso, sim, pode e deve ser medido com intencionalidade.

 

Marcas brasileiras que são referência em branding

1. O Boticário: branding sensorial, inclusivo e emocional

O Boticário é uma das marcas mais admiradas do Brasil, e isso não é por acaso. Seu branding é construído com maestria em torno de emoções, diversidade e experiências sensoriais

A marca não vende apenas cosméticos, ela vende momentos, afetos e memórias. Isso se reflete em campanhas emocionais, lojas com design multissensorial e posicionamentos sociais consistentes, como a defesa da diversidade e da beleza plural.

Diferenciais da marca:

  • Campanhas com alto apelo emocional 
  • Consistência de linguagem e propósito
  • Inovação em canais e formatos

Resultados:

  • Top of mind entre as marcas no Brasil, não só no seu setor
  • Forte conexão emocional com diferentes gerações
  • Marca associada à sensibilidade, acessibilidade e autenticidade

2. Havaianas

As Havaianas são um case de transformação de percepção. A marca nasceu popular e era vista como um item básico, quase descartável. O trabalho de branding reposicionou não só a marca, como o produto, tornando-o um ícone de estilo de vida brasileiro: colorido, leve, divertido e universal.

Diferenciais da marca:

  • Campanhas com celebridades em tom divertido e próximo
  • Design como linguagem de marca
  • Expansão internacional sem perder a identidade brasileira

Resultados:

  • Presença em mais de 100 países
  • Produto reconhecido como símbolo cultural do Brasil
  • Uma marca que, de fato, todo mundo usa

3. Magalu: marca digital com alma humana

O Magazine Luiza é um case de branding digital. Com a criação da Lu, avatar virtual da marca, a empresa deu rosto, voz e personalidade ao negócio. A Lu virou símbolo de inovação, acessibilidade e relacionamento com o consumidor.

Diferenciais da marca:

  • Fortalecimento da Lu como influenciadora digital
  • Posicionamento como marca acessível e inclusiva, com um tom de voz único
  • Cultura interna forte refletida na comunicação externa

Resultados:

  • Engajamento nas redes sociais acima da média do varejo
  • Fortalecimento da marca como referência em transformação digital

4. Melissa

Criada pela Grendene, a Melissa é um case de branding de moda com posicionamento extremamente claro: experimental, fashion, sustentável e artístico.

Mais do que vender calçados, a Melissa construiu um universo criativo e sensorial, e um exemplo é seu aroma característico, que se tornou parte inseparável da experiência da marca. Outra parte essencial dessa experiência são as colaborações com artistas e designers renomados, espaços-conceito e uma base de fãs altamente engajada.

Diferenciais da marca:

  • Collabs com nomes como Vivienne Westwood e Jean Paul Gaultier
  • Lojas-conceito (Galeria Melissa) que funcionam como verdadeiros templos da marca
  • Forte presença visual e olfativa. Afinal, o “cheirinho de Melissa” é uma das assinaturas inconfundíveis da marca

Resultados:

  • Marca com alto valor percebido e presença global
  • Base de consumidores fiéis e apaixonados pela estética e propósito

5. Guaraná Antarctica

Poucas marcas conseguem se manter tão presentes no imaginário nacional como o Guaraná Antarctica.

A marca soube transformar seu produto em um símbolo da brasilidade — leve, divertido, jovem e, ao mesmo tempo, tradicional, mantendo muitas das características originais até hoje. Inclusive, o slogan atual da marca reflete totalmente isso: “É coisa nossa”.

Com campanhas criativas, linguagem informal e um toque de nostalgia, ela conversa bem com diferentes gerações, se mantendo relevante mesmo com décadas de história.

Diferenciais da marca:

  • Tom de voz descontraído e bem-humorado
  • Forte presença nas redes sociais, com comunicação voltada à cultura pop e tendências
  • Parcerias estratégicas com eventos, times de futebol e influenciadores

Resultados:

  • Liderança de mercado no segmento de refrigerantes de guaraná no Brasil, com mais de 60% de participação
  • Alta preferência e reconhecimento de marca, sendo uma das mais lembradas em pesquisas junto ao consumidor
  • Forte associação da marca com a identidade cultural brasileira, aumentando a fidelidade do público

Branding é um ativo a longo prazo

O branding certo transforma empresas em marcas desejadas. Ele diferencia, fideliza, acelera vendas e sustenta o crescimento de uma empresa. Não se trata de um projeto pontual, mas de uma gestão estratégica contínua.

Por isso, se você quer que sua marca seja lembrada, desejada e escolhida, comece com o branding — e não pare nunca de aprimorar e investir nessa área.

Para se aprofundar ainda mais no tema, clique no banner abaixo.

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