Contato
Fale com um especialista, tire dúvidas ou deixe sua sugestão para a Layer Up. Nosso time está pronto para dar um UP em seu negócio e entregar os melhores resultados!
Uma empresa que assume um posicionamento de marca em relação a questões sociais ou políticas pode receber publicidade positiva, promovendo seus pensamentos ou ganhando em vendas. Mas, quando o cenário é oposto, o prejuízo também pode ser fatal.
Considerando os riscos, expressar a posição de uma companhia nem sempre é estratégico. É necessário refletir sobre os limites do envolvimento em temas sensíveis, e até que ponto ele é ético ou mesmo sensato.
Não que empresas engajadas sejam uma novidade no mercado: há grandes organizações que se posicionam sobre assuntos como diversidade e responsabilidade ambiental há décadas.
A Natura, por exemplo, levanta a bandeira da sustentabilidade e do cuidado com o meio ambiente desde a sua fundação, em 1969.
Mas, mesmo com cases de sucesso no mercado, ainda é preciso cuidado. A transformação digital e a chegada da era da experiência deixaram as novas gerações muito mais conectadas.
Agora, os usuários estão mais atentos e dão um peso maior aos valores das marcas, não só ao que é oferecido por elas.
Uma pesquisa da agência Edelman revelou que 69% dos brasileiros levam em conta o posicionamento de marca (negativo ou positivo) em relação à sociedade antes de fazer uma compra.
De acordo com um estudo realizado pela Opinion Box em 2019, 62% dos brasileiros dizem ser fiéis a alguma marca, comportamento que engloba acompanhar novidades e conferir o trabalho da empresa com certa frequência.
Ainda, 75% dos consumidores acompanham marcas de sua preferência por meio das redes sociais, enquanto 42% deles visitam constantemente seus sites.
Os dados só mostram como o usuário atual está ligado aos pronunciamentos feitos pela marcas que consome. Uma lembrança de que cada passo deve ser colocado na balança.
Quanto a questões políticas, cerca de metade dos consumidores brasileiros (52%) acredita que marcas não devem apresentar posicionamento.
O número de entrevistados a favor do posicionamento gira em torno de 30%, enquanto os indecisos representam 18%. Ou seja, ainda é uma decisão ousada, especialmente para pequenas empresas.
Os impactos positivos e negativos no consumo tendem a se equilibrar. Quando os ideais apresentados são aceitos, 22% dos consumidores estão dispostos a comprar mais daquela marca e 30% indicariam a empresa a terceiros.
Em contraponto, quando as ideias não batem com a orientação dos consumidores, 28% deles deixariam de comprar e 25% deixariam de indicar os serviços.
Ainda, 38% dos entrevistados afirmaram que boicotariam totalmente uma empresa que assumisse ideais políticos contrários aos seus.
É importante ter em mente que assumir um direcionamento político pode engajar parte de seu público, mas existem consequências. A chance de um boicote é real.
Por isso, a dica é conhecer a fundo o comportamento e as crenças de suas buyer personas.
Já em relação a causas sociais, os entrevistados se mostraram muito mais abertos: 75% deles acham que empresas devem apoiar programas publicamente.
Entre os assuntos que mais engajam o público, estão:
Organizações que assumem seu apoio publicamente tem muito mais a ganhar do que a perder, já que 37% dos entrevistados comprariam mais de marcas que apoiassem projetos e 44% deles indicariam a empresa a terceiros.
Auxiliar uma causa, propagar programas sociais e ser reconhecido por isso é unir o útil ao agradável, porém mesmo nesses casos é preciso atenção.
Encontre um projeto que esteja alinhado com os objetivos e a cultura de sua marca. Quando uma empresa escolhe uma causa aleatória e não se envolve em nada com ela, é vista como oportunista.
Se for para assumir e ajudar, então envolva-se de fato. Qualquer tipo de hipocrisia ou ação dúbia pode trazer mais problemas do que soluções.
Antes de decidir apresentar ou não um posicionamento de marca, questione se o assunto tratado está de acordo com os valores da sua empresa.
Também é importante considerar qual é o propósito por trás desse passo. O assunto em questão afeta o seu setor ou seus funcionários?
Eles precisam que você fale por eles? De alguma forma, ele está relacionado à sua missão como empresa? Você está disposto a lutar pela causa, mesmo com suas consequências e impactos?
Os seus colaboradores concordam com ela ou estamos falando de um direcionamento que vem de altos cargos? A dica é refletir sobre as intenções por trás da ação, pesando se esse envolvimento realmente se encaixa na realidade da organização.
Um exemplo de ação que repercutiu de forma negativa foi o lançamento de uma modelo “plus size” na campanha Perfectly Fit da Calvin Klein.
As usuárias questionaram a escolha da profissional, sua aparência e ainda afirmaram não se sentir em nada representadas por ela. A imagem, então, acabou virando piada na internet.
Por isso, pense na possível repercussão. Caso você tenha estudado seu público e entendido que vale o posicionamento de marca, pense em uma gestão de crise.
Assim, se houver efeitos negativos, a empresa já terá uma comunicação estratégica para lidar com comentários ou boicotes.
Fale com um especialista, tire dúvidas ou deixe sua sugestão para a Layer Up. Nosso time está pronto para dar um UP em seu negócio e entregar os melhores resultados!
Assine a newletter e receba informações do mundo digital.